segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Toma Lá Dá Cá!


O programa que assisti foi o “Toma Lá Dá Cá” da Rede Globo. É um programa destinado ao público maior de 14 anos, mais que abrange conteúdos referentes a toda a família. Os temas que este programa tratam é de cunho social, e abrange desde temas como o homossexualismo até problemas cotidianos que todas as famílias vivenciam, como paternidade na adolescência, por exemplo.

São muitos os valores sociais que podemos identificar na programação do seriado, pois este usa da linguagem humorística para referir-se a situações muito comuns e delicadas vivenciadas pelos telespectadores. São desde temas como a paternidade na adolescência vivida pelo personagem Tatalo, até questões como a troca de casais, a convivência de pais e filhos de pais separados, a rebeldia das crianças que estão entrando na adolescência, a abordagem do sexo como um assunto explicíto na família, entre outros pontos pouco tratados de forma aberta em outros programas do gênero.

Para muitos, a temática do Toma Lá Dá Cá é dada de forma muito clara, e em algumas vezes chega a assustar aqueles que não possuem o costume de tratarem destes assuntos de forma tão simples e aberta como os personagens tratam, isso é o diferencial do programa, é isso que faz com que ele seja usado como uma forma de diálogo entre pais e filhos, ou mesmo casais em nossa sociedade de hoje. Em praticamente nenhum outro programa encontramos um conceito de homossexualismo, concorrência entre profissionais, ou mesmo do uso de bebidas e prática de atividades ilícitas como o tratado por este humorístico de tanto sucesso na televisão brasileira.
Não há como não refletirmos os conceitos impostos pelo programa, e acredito que o desejo dos autores da trama seja instigar esta reflexão. As famílias retratadas são famílias comuns que encontramos em nosso dia-a-dia, e os papeis dos integrantes destas famílias são passados de maneira parecida com o real, a mulher dona de casa, pais que trabalham para sustentar a casa, crianças descobrindo a adolescência, homossexuais tratados sem qualquer tipo de preconceito assim como os negros.
A caracterização dos personagens se dá de maneira simples, parecida com a realidade. Seus modos de falar, agir e se comportar são de acordo com o padrão brasileiro, e envolve gírias, jargões, entre outras linguagens.O que faz deste humorístico um exemplo vivo da realidade das famílias brasileiras é a valorização das diferenças. Não há qualquer imposição de estereótipos de beleza ou mesmo padronização estética.

Algumas vezes, são apresentadas algumas caricaturas de personagens ou temas conhecidos pelo público, mas isto não é um fato constante no programa. As propagandas veiculadas nos comerciais são comuns como, por exemplo, de produtos de cozinha ou refrigerantes, e são voltados ao público a que o programa é destinado, ou seja, a família.
É fato que algumas frases e expressões são muito utilizadas pelo público, e certos comportamentos também estão influenciando muito as pessoas que assistem ao programa. Alguns exemplos de expressões usadas são a conhecida prefiro não comentar usada pela personagem Copélia, ou mesmo o jargão mal caráter dito pelo personagem Mário Jorge em referência a sua filha Izadora.
Acredito que o impacto causado pelo programa seja muito positivo sobre a população que o assisti, e que se tivesse a chance de refazer seu roteiro, não mudaria nada de seu conteúdo.